sábado, março 16, 2013

As Missões Jesuítas

















Fonte Foto:Aqui


Meus Comentários: Como todos sabem , gosto de História e achei esse artigo que estou postando abaixo  muito bom e imparcial, mostrando o lado bom e ruim das Missões realizadas na América do Sul e em especial no Brasil.

Estou postando pois é um momento para rever a História, pois há um líder religioso importante pela sua  grande influência que foi eleito agora como o novo Papa e é da ordem Jesuíta. 
Até o momento , pelo que li dele, percebi que os princípios da transição completa estão sendo sinalizados.

O mais interessante ( e é o que estou voltando a estudar ) é sobre um conceito antigo e muito polêmico , que diz que a Companhia de Jesus (Os Jesuítas) é uma herança da antiga Ordem do Templo (os Templários);  sendo verdade ou não vivo numa época muito interessante!!

Veja abaixo o artigo , na integra,  sobre as Missões Jesuítas: 



Missões Jesuítas



Missões Jesuítas, também denominadas de Reduções, são os antigos aldeamentos indígenas organizados e administrados por jesuítas no continente americano, com o objetivo de civilizar e evangelizar os nativos americanos (indígenas). As Missões fundavam colégios e conventos. A idéia das Missões era criar uma sociedade com os benefícios e qualidades da sociedade cristã européia, porém, sem os vícios e maldades encontrados na Europa.

De todos os inúmeros aldeamentos jesuítas os que passaram à história de modo particularmente importante por seu notável florescimento foram os fundados na região da fronteira entre o Brasil, Bolívia, Argentina e Paraguai, entretanto havia missões por todo o continente americano, inclusive na América Central e Canadá.

As Missões, ou Reduções, não eram apenas aldeias, mas verdadeiras cidades que se instalavam nas selvas. Os aldeamentos se organizavam seguindo um plano geométrico perfeitamente ordenado aplicado, com poucas variações, em todos os aldeamentos. Desenvolvia-se em torno de uma grande praça quadrada, em cujo centro se instalava uma grande cruz e uma estátua do santo protetor.

De um lado se erguia a igreja, com casas anexas para viúvas e órfãos e uma escola, a casa dos missionários e as oficinas; atrás da igreja se cultivavam o pomar e a horta. No lado oposto ficavam as moradias dos índios, e nos lados restantes estabeleciam o Conselho da Missão, uma portaria, uma hospedaria, capelas, um relógio de sol e até uma prisão. Também havia hospital, asilo, casa e comida para todos e em abundância, oficinas e até pequenas fábricas. Fabricavam-se todos os instrumentos necessários para a agricultura, além de instrumentos musicais, tão bons quanto os da Europa. Imprimiam-se livros, em plena selva. 

Possuíam observatório astronômico e até editavam uma carta astronômica e um boletim meteorológico. Foi nessas Missões que se começou a fabricar o ferro, a produzir os primeiros tecidos, e a se criar gado no continente. Foi esse gado, espalhado pelos pampas do extremo sul da América do Sul, que acabou definindo a vocação econômica do Rio Grande do Sul, da Argentina e Uruguai. Assim, a pecuária está de alguma forma, ligada a todos os seus acontecimentos históricos dessa região.

Em torno da aldeia cavavam trincheiras e erguiam um muro para proteção contra os ataques de indígenas selvagens e as incursões predatórias dos bandeirantes. A igreja era o único edifício mais elaborado e ornamentado, onde as técnicas artísticas aprendidas pelos índios encontravam oportunidade para sua plena expressão.

Nas Missões da América do Sul havia índios guaranis e tapes - do mesmo grupo -, atraídos pela pregação do Evangelho feita pelos padres jesuítas, decididos a criar uma série de repúblicas teocráticas no continente, baseados na experiência socialista dos incas, no Peru, onde, aliás, haviam iniciado outro agrupamento semelhante, reunindo os índios chiquitos.

Antecedentes das Missões

A Ordem Jesuíta foi criada em 1534 por Inácio de Loyola, poucos anos após, precisamente em 1549, começaram a chegar os primeiros jesuítas ao Brasil, entre eles o padre Manuel da Nóbrega e o padre José de Anchieta. Esses jesuítas iniciaram a travessia do Oceano Atlântico a fim de concretizar o sonho evangelizador. Quando o Marquês do Pombal os expulsou em 1760, já havia 670 religiosos espalhados de Santa Catarina ao Ceará. 


Na América espanhola a empresa jesuíta iniciou mais tarde, em 1586, quando São Francisco de Borja enviou um grupo ao Peru. Em 1606, Filipe III, rei da Espanha e de Portugal, ordenou ao governador do Rio da Prata, Fernando Árias de Saavedra, que se procedesse à sumbissão dos indígenas não pelas armas, mas pela catequese utilizando o trabalho dos jesuítas.

Assim, em 1607, os jesuítas criaram a Província do Paraguai, que compreendia o atual Paraguai, o leste da Bolívia, a Argentina, o Uruguai e o sudoeste do Brasil, então sob domínio espanhol. A convite do bispo de Tucumán os missionários se transferiram para o interior do continente, e junto com outros religiosos fundaram, em 1609, um colégio em Assunção.

Em 1610 iniciaram seu trabalho especificamente missionário, fundando a Missão de San Ignacio Guazú, no Paraguai, à qual seguiram cerca de 60 outras, em áreas paraguaias, argentinas e brasileiras, e destas apenas 30 chegaram a florescer significativamente.

Administração das Missões

O governo civil era exclusivamente indígena. Consistia de um conselho eleito por votação, composto por três oficiais, três administradores, alguns auxiliares e os representantes dos bairros da Missão, todos sob a égide de um cacique geralmente hereditário.
A administração da justiça ficava a cargo dos jesuítas. Como havia poucos crimes, os castigos usualmente eram leves. Raramente se utilizava a prisão ou se condenava ao exílio, considerado o pior castigo de todos.

Embora o objetivo dos jesuítas fosse catequizar os indígenas e protegê-los da escravidão, muitas Missões enriqueceram explorando o trabalho indígena. Muitos indíos eram “contratados” para trabalhar em fazendas e o pagamento ia para os cofres das Missões.

Economia

A cada família que vivia na Missão recebia uma porção de terra, hereditária, destinada a fornecer o sustento da família com o plantio de milho, mandioca, batata, legumes, frutas e erva-mate. Outras áreas eram denominadas "propriedade de Deus", cujos frutos revertiam para a comunidade, e onde o índio deveria trabalhar dois dias por semana.
O tabaco (fumo), mel e milho serviam, às vezes, como moeda de troca. Entretanto este sistema tinha papel pouco relevante, pois os centros comunitários de abastecimento forneciam o que faltasse. Por vezes se admitiam mercadores estrangeiros, por um período máximo de três dias. O comércio ocorria entre as Missões e com outras províncias próximas, e os lucros se destinavam ao pagamento de impostos à Coroa e compravam-se materiais e instrumental variado.

Com o tempo desenvolveu-se consideravelmente a pecuária nas Missões, a ponto de em 1768 possuírem em conjunto 656.333 cabeças de gado. O comércio também cresceu, chegando a dispor de um mercado central em Buenos Aires, de onde se exportavam couros e outros gêneros como mel, frutas, tinturas e esculturas para a Europa em troca de papel, livros, seda, telhas, agulhas e anzóis, ferramentas, instrumentos de cirurgia, metais e sal. Em meados do século 18 as importações já eram muito pequenas e as Missões se tornaram praticamente auto-suficientes.

Educação e Cultura

Para a fixação dos povos indígenas e construção dos povoados foram introduzidas técnicas de agricultura e pecuária, e elementos de arquitetura, cantaria (alvenaria de pedras) e fundição, além da educação laica (comum) e religiosa básica e indispensável para a futura absorção de outros conhecimentos. Gradativamente foi sendo dado ensino adicional em artes diversas, que incluíam escultura, pintura, gravura, poesia, música, teatro, oratória e ciências.

Relatos de época informam que os indígenas das Missões nunca chegaram a desenvolver grande compreensão da doutrina Cristã, sendo considerados extremamente inábeis em assuntos espirituais e tudo o que envolvia elaboração mental abstrata e originalidade segundo os critérios europeus. Em certa época chegou-se a duvidar que fossem mentalmente aptos para entender e receber os Sacramentos. Entretanto, sua facilidade para as diversas artes era notória e sua capacidade de imitação de modelos formais causava espanto nos próprios missionários.

Alfabetização e literatura 

Na América do Sul, os jesuítas sistematizaram a língua guarani dando-lhe grafia com caracteres latinos e produzindo boa quantidade de obras literárias, a maior parte ligada à catequização. Com isto parte dos índios foi alfabetizada em guarani, castelhano (espanhol), português e latim, embora isso geralmente fosse reservado aos pertencentes à elite indígena. Os restantes eram educados através do ensino oral e da arte.

As Missões também geralmente possuíam uma boa biblioteca. A de Loreto contava com mais de trezentos livros, a de Corpus Christi cerca de 400, Santiago mais de 180, e Candelária a cifra, assombrosa para a época, de 4.724 volumes.

Dificuldades 

A vida das Missões não encontrou sempre este cenário que se aproximava de uma utopia. Muitas vezes os índios não se habituavam aos rigores e complexidades da disciplina jesuita, e voltavam para as selvas. Alguns grupos indígenas tinham de ser levados à força para as Missões, como no caso dos guaiaquis, ou foram simplesmente dizimados, como os guenoas em 1708, por resistirem ao aldeamento compulsório. Também há notícia de epidemias, tempos de fome e ataques de povos indígenas não catequizados.

Cotidiano nas Missões

A vida numa comunidade missioneira seguia uma rotina precisa. Às 4 horas tocava-se o sino para despertar. Seguiam-se a oração individual, as crianças eram acordadas, assistia-se à missa e às 7 horas os trabalhos do dia eram distribuídos. Nessa hora as crianças recebiam o café da manhã e logo oravam. Às 8 horas realizava-se a visita aos doentes e enterravam os defuntos. Depois tomavam mate, em seguida se dirigiam aos diversos afazeres e as crianças iam às aulas.

Entre 11 e 12 horas havia o almoço, seguido de um descanso de uma hora, para depois voltarem ao trabalho. Das 16 horas em diante havia o catecismo, novas orações, lanche, récita do ofício divino do dia, e jantar. Às 20h30 os fogos eram apagados e a aldeia dormia.

Aos domingos as missas eram mais solenes, e em dias de grandes festejos realizavam-se encenações teatrais, danças comunitárias, procissões, profissões públicas de fé e às vezes autoflagelações, combates simulados e concertos de música.

A ameaça bandeirante

Mas de todas as ameaças de longe a mais séria foi a impiedosa e constante rapina empreendida pelos Bandeirantes brasileiros na primeira metade do século 17, que escravizaram ou massacraram centenas de milhares de indígenas. Treze Reduções fundadas no oeste do Paraná tiveram de ser abandonadas em 1631 por causa das constantes investidas paulistas, ocasionando um êxodo de cerca de 12 mil pessoas para o sul.


O início do ataque dos bandeirantes




















A formação das Missões não livrou os índios dos ataques daqueles que queriam aprisioná-los para escravizá-los. Do lado espanhol os “encomenderos” procuravam aprisioná-los para reforçar os contingentes de escravos, especialmente de Buenos Aires e Assunção. E, do lado português, os bandeirantes, que eram procedentes São Paulo, também procuravam escravos para trabalhos no campo e nas cidades. Atacadas por todos os lados, as Missões não resistiriam muitos anos em sua primeira fase, tendo que alterar a sua geografia.

Os índios não eram "bons" escravos. Historiadores da época calculavam que, de cada cem aprisionados, não mais do que um era de alguma utilidade. A maior parte morria no caminho entre as missões destruídas e São Paulo. Outra parte expressiva não resistia a pestes e doenças e, dos sobreviventes aos primeiros tempos do cativeiro, poucos se prestavam a algum serviço.

Para não se tornarem escravos, recorriam, às vezes, a gestos desesperados, como o verificado nos arredores de Buenos Aires, na primeira metade do século 16: um grupo de guerreiros refugiado numa fortaleza, matou com as próprias mãos esposas e filhos, lançando-se depois para a morte, do alto de alguns rochedos. Como os ataques se intensificaram depois dos primeiros agrupamentos em Missões, os próprios jesuítas, em determinada época, passaram a ser vistos pelos índios com muita desconfiança.

Os ataques de bandeirantes às reduções jesuíticas no Guairá - ou seja, em território do atual Paraná - começaram em 1618, apenas seis anos após a formação dos primeiros povoamentos. A partir de 1628, no entanto, os ataques passaram a ser feitos por verdadeiros exércitos, devastando-se primeiramente a redução de Encarnación (uma das mais próximas São Paulo, mais ou menos onde se localiza a atual cidade de Telêmaco Borba, na região central do Paraná), seguindo-se as demais.

Como consequência dos ataques, dos cerca de cem mil índios que estavam reduzidos não restaram mais do que 12 mil, concentrados principalmente nas reduções de San Ignácio Mini e Nossa Senhora de Loreto - que não chegaram a ser atacadas -, as mais afastadas. Com a ruína das missões, também as povoações espanholas de Vila Rica e Ciudad Real não resistiram aos ataques e foram devastadas, passando todo o território paranaense ao controle da Coroa portuguesa. Vila Rica foi refundada próximo a Assunção, onde ainda permanece.

A epopéia no Paraná 

Para salvar o que restava dos índios, os jesuítas, sob o comando do padre Antônio Ruiz de Montoya, realizaram, em 1631, uma das mais dramáticas e extraordinárias fugas, para levar os mais de 12 mil sobreviventes das missões, no atual Paraná, para terras da atual Argentina.
Eles foram transportados inicialmente por cerca de 700 canoas, que, no entanto, não puderam transpor as quedas (inundadas para a formação do lago da hidrelétrica de Itaipu) existentes no rio Paraná, na atual cidade de Guaíra.

Com a aproximação dos bandeirantes, as canoas foram lançadas nas quedas, e os índios seguiram a pé, dividindo-se em dois grupos: o mais numeroso foi para as reduções de Santa Maria a Maior e Natividad, às margens do Iguaçú, próximo à atual cidade de Foz do Iguaçú, aumentando a miséria que já existia por ali.

O outro seguiu para a atual Argentina, reconstruindo as reduções de Loreto e San Ignácio Mini às margens do rio Jubaburu, depois de andarem entre 1.500 e dois mil quilômetros.

Os índios que ficaram em Natividad Santa Maria a Maior também tiveram que migrar pouco tempo depois, deslocando-se para as margens do rio Uruguai, em retirada menos dramática que a anterior, mas também muito difícil, formando uma nova redução de Santa Maria, no atual território argentino, próximo a San Javier. A causa da migração foi a mesma: ataques dos bandeirantes.

Muito bem sucedidas em seus primeiros ataques aos índios, as bandeiras continuaram rumando para o Sul. No território do atual Rio Grande do Sul - nas antigamente conhecidas províncias da margem esquerda do Uruguai e do Tape -, os ataques dos bandeirantes começaram em 1636, quando foi tomada e totalmente destruída a redução de Jesus Maria, a mais avançada para Leste, contendo o projeto dos jesuítas de ligar a Província do Uruguai ao litoral.

O padre Cristóvão de Mendoza, que também havia participado da organização dos índios no Guairá, e da dramática fuga para a atual Argentina, encontrava-se nessa época no Tape e tentou organizar uma resistência em Jesus Maria, mas foi morto e trucidado perto da atual cidade de Caxias do Sul pelos índios ibianguaras, da tribo dos ibirajaras, que dominavam a chamada Província dos Ibiaças.

Por nova coincidência, Raposo Tavares, comandante das bandeiras que destruíram as reduções no Guairá, também estava à frente da bandeira que destruiu Jesus Maria, onde foi instalado uma espécie de quartel-general dos bandeirantes, do qual se comandou a destruição de São Cristóvão, São Joaquim, Sant'Ana; e, pela bandeira de André Fernandes, as reduções de Santa Teresa, Apóstolos, São Carlos e Candelária, embora os jesuítas tivessem ameaçado e depois concretizado a excomunhão de todos os os envolvidos nos ataques.
Quase todas as Missões foram destruídas por bandeirantesnos anos seguintes, e os índios sobreviventes migraram em massa de volta para território argentino, onde poderiam contar com a maior proteção dada pela Coroa espanhola.

Somente após 1687 os jesuítas voltaram a penetrar no território riograndense, seja atraídos pelos enormes rebanhos de gado que procriavam livremente nos campos sulinos, seja como instrumento da Coroa espanhola para conter os avanços portugueses na região, a razão desta volta não é clara. Seja como for, é nesse ano que fundam as Missões de São Francisco de BorjaSão NicolauSão Luiz Gonzaga e São Miguel. Logo em seguida foram fundadas São João Baptista,São Lourenço Mártir e Santo Ângelo Custódio, constituindo os chamadosSete Povos das Missões.



O Fim das Missões Jesuitas























Em 1750, a divergêcia entre Portugal e Espanha sobre os limites de seus domínios foi resolvida pelo Tratado de Madri, segundo o qual a região de Santa Catarina e Rio Grande do Sul passou a pertencer a Portugal em troca da Colônia do Sacramento e das Filipinas. Foi então determinado que os índios abandonariam as Missões e o governo português daria 4.000 pesos a cada vila.

Apesar disto, nem os religiosos nem os guaranis aceitaram o tratado. Os jesuítas se mobilizaram e chegaram a oferecer aos reis da Espanha grande quantidade de tributos e riquezas para manter intacta aquela colonização baseada exclusivamente em valores religiosos e culturais. Em Portugal pouco puderam fazer, pois estavam deterioradas as relações entre a Ordem Jesuita e a Coroa Portuguesa. Diante dos primeiros confrontos eclodiu a chamada Guerra Guaranítica, que durou de 1750 até 1756. Os índios enfrentaram completamente desorganizados os exércitos português e espanhol, e não conseguiram resistir muito tempo. Seu principal líder foiSepé Tiaraju, mas logo sucumbiram na Batalha de Caiboaté face à superioridade das forças portuguesas, e houve um grande número de mortos. Seguiu-se a ocupação dos povoados que os índios, ao abandoná-los, iam incendiando.

A expulsão dos jesuítas e o fim das Missões

Estavam os Sete Povos quase inteiramente devastados quando, em 1761, Portugal e Espanha anularam o Tratado de Madri. Índios e jesuítas voltaram a cruzar o rio Uruguai, retornando aos Sete Povos e reconstruindo-os nos mesmos lugares onde antes os haviam assentado, mas este último ciclo teria vida curta. 
Sofrendo intensa campanha difamatória na Europa e mesmo nas Américas, a Ordem Jesuíta foi responsabilizada por todos os males da região e por tentativas de criar um estado autônomo à revelia da Coroa.

Os jesuítas já haviam sido, em 1759, expulsos de Portugal, e em 1767 a Espanha fez o mesmo, o que colocou um ponto final na empresa missioneira, selado definitivamente com a supressão da Ordem em 1773.

Os índios remanescentes tiveram destino inglório. Suas terras foram ocupadas, perderam os seus bens, sofreram abusos de toda espécie por parte dos europeus, corromperam-se na bebida e no roubo para sobreviver ou morreram à míngua em grande número, e por fim os que ainda viviam foram incorporados às forças armadas portuguesas e espanholas, sendo envolvidos como massa de manobra em todos os conflitos regionais subseqüentes.





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2 comentários:

infinitoamanajé disse...

"Você não pode ensinar a um homem qualquer coisa,
você só pode ajudá-lo a descobri-la em si mesmo." - Galileo Galilei

Penso que até isto é também pouco provável. O "sistema" segue, incólume, com seu escravagismo para não me desmentir. Sinto muito, sou grato.

Luciana Freitas disse...

Olá Aldo.

Bom te rever por aqui!

Como sempre comentado aqui: tudo está planejado; esses fatos são o Avanço da Agenda!

Abraços e Luz!

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