quinta-feira, junho 23, 2011

Notícia: Autoridades dos EUA se preparam para Grande Tempestade Solar

Editoria:
Quarta-feira, 22 jun 2011 - 11h10 

EUA: autoridades se preparam para Grande 

Tempestade solar


Em 1859, uma das mais poderosas tempestades solares atingiu a Terra, induzindo correntes elétricas que incendiaram postos telegráficos e produziram auroras em locais de latitudes tão baixas quanto Cuba e Havaí. Agora, pesquisadores americanos estão alertando diversos órgãos e instituições para saber como agir em caso de uma possível tempestade solar dessa magnitude.




O motivo do alerta é que em setembro de 1859 a atividade solar estava abaixo da média do ciclo, em condições muito semelhantes às que se encontra hoje. Mesmo com atividade abaixo da média, a explosão registrada daquela época produziu o maior bombardeio de prótons já ocorrido em nossa atmosfera. De tão intenso, até hoje os cientistas não sabem como classificar o fenômeno, batizado "evento Carrington".

Apesar dos estragos provocados pela tormenta serem bastante significativos para a época, quando diversos países ficaram sem comunicação telegráfica por vários dias, as condições do cenário atual são bastante diferentes e uma tormenta similar poderia causar enormes sérios prejuízos à sociedade.
Esta semana, cientistas da Nasa e de outros institutos de pesquisa dos EUA se reuniram no Centro Nacional de Imprensa com o propósito de alertar e estimular medidas a serem tomadas caso um evento desse tipo ocorra novamente.
Essa é a quinta edição do SWEF (Space Weather Enterprise Forum) e segundo seus organizadores a meta é aumentar a conscientização sobre o clima espacial e seus efeitos sobre a sociedade moderna, especialmente entre os formuladores de políticas públicas e equipes de emergência.




Além de congressistas e membros da FEMA (defesa civil americana) e da ONU, participam da SWEF os representantes das maiores companhias elétricas do país, além dos cientistas da Nasa, NOAA e de diversas universidades ligadas à pesquisa solar.




Consequências
Um estudo feito em 2009 pela Academia Nacional de Ciências, dos EUA, mostrou que quase nada está imune à tempestade, nem mesmo a água das residências.

De acordo com o trabalho, todo o problema começa com as redes de distribuição de energia elétrica, consideradas o pilar de sustentação de praticamente todos os serviços modernos existentes e que é extremamente vulnerável às instabilidades do tempo espacial.
Segundo o cientista John Kappenmann, um dos autores do estudo, em poucas horas o sistema de telefonia entraria em colapso e o abastecimento de água e combustíveis funcionaria precariamente. A conclusão de Kappenmann é que 95% da cadeia produtiva moderna deixariam de funcionar.



Simulação
Para estimar o tamanho da pane que uma falha desse tipo pode causar os cientistas empregaram os dados da tempestade geomagnética ocorrida em maio de 1921, que induziu dez vezes mais eletricidade que a tempestade de 1989. Os dados foram introduzidos no modelo representativo da malha atual de distribuição norte-americana. Para espanto dos pesquisadores os resultados mostraram que um surto semelhante acarretaria a destruição de pelo menos 350 transformadores principais, deixando 130 milhões de pessoas sem energia elétrica.




Danos Catastróficos
De acordo com a simulação, uma repetição do Evento Carrington poderia causar pesados danos sociais e econômicos. A sobrecarga poderia ser acompanhada de blackouts de radiopropagação e falhas nos satélites de comunicação e GPS, ocasionando a queda dos sistemas bancários e serviços emergenciais. Devido à falha os transportes também sofreriam com problemas de abastecimento de todos os tipos e os hospitais entrariam em colapso por tempo indeterminado.

O estudo de 2009 mostrou que a extensão do problema está diretamente ligada ao tempo necessário ao reparo das linhas de transmissão. A substituição de transformadores de milhares de toneladas não é imediata, podendo levar semanas ou até meses para ser concluída. As perdas estimadas pela equipe ultrapassariam 2 trilhões de dólares, cerca de 20 vezes mais que os custos do furacão Katrina.



Artes: No topo, um dos transformadores que explodiu durante a tempestade solar ocorrida em 1989, na cidade de Québec, no Canadá. Acima, mapa mostra as regiões que seriam atingidas nos EUA caso ocorresse uma tempestade semelhante ao evento de 1921. Crédito: Hydro Québec/Nasa/National Academy of Sciences/Apolo11.com.



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2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Lu, sempre em sincronicidades...hehe. Coloquei ontem um vídeo do James Mussan (em espanhol), no qual ele fala sobre essa reunião de 25 países sobre a tempestade solar etc. Mas olhe, tava pesquisando, e achei o blog desse astrônomo, falando que a Nasa prevê que a tempestade solar será em maio de 2013 http://astronomiaemfortaleza.blogspot.com/2010/11/cientistas-alertam-sobre-mega.html. Como de astronomia você manja mais, coloquei aqui primeiro pra vc dar uma olhada.
Beijinhos

Luciana Freitas disse...

Oi Iara
Valeu pelo link do astronomo!
Essas coisas já estão sendo estudadas por eles já a um bom tempo , pois já teve uma experiencia aqui na Terra no século passado e existe uma grande possibilidade do Mega desastre acontecer.. o interessante que a previsão é justamente entre 2012 e 2013...terá uns minis apagões até lá dando um sinal de alerta.. eu recomendo a todos que a partir de setembro deste ano começarem a ver sobre estoques e medidas alternativas de abastecimento de energia..é melhor se previnir do que remediar..já dizia a minha vó..rs
Bjs

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